Um
dia desses, passei por uma situação que me deixou chateada. Na verdade, marido passou
e eu fiquei chateada de tabela, tomei as dores, sabe? Mesmo porque me dizia
muito respeito...
Uma verdade: a gente vive de fases. Quando resolve casar, muitas amigas estão
em outro ritmo, quando resolvemos ter filhos (ou eles vêm pelo acaso), a situação
piora e viramos as patas feias da turma (dramatizando um pouco). Acontece que o
problema aqui nem é muito esse.
Verdade 2: podemos ter 4 filhos, nenhum será igual ao outro, certo? Eu mesma
tenho 2 irmãos e cada um teve um desenvolvimento, dormiu de um jeito, fez manha
de outro, andou no seu tempo, não engatinhou. Minha cunhada disse uma coisa
sabia (ela é mãe de dois gêmeos de 3 anos e de um fofucho de 1 ano e meio. Pode
falar o que quiser, né? rs): “com o segundo filho a única coisa que muda é que
estamos mais tolerantes ao choro, de resto, é tudo novo”. E mesmo com apenas
uma filha, eu concordo. Por que senão, nosso filho seria igual ao do vizinho.
Comparar é besteira, mesmo porque bebês (crianças) são uma metamorfose
ambulante, uma hora dormem bem, outra acordam 467 vezes na noite, choram com
fome, não querem comer e assim vai. Essa é a vida com criança, uma eterna
surpresa, nada de monotonia.
Eu não me arrependo de nadinha do que fiz, quando a Duda nasceu fui no meu
tempo e no tempo dela, queria sim que ela se acostumasse com barulho e tal, mas
naquele momento tudo que eu queria era silêncio, paz, tranquilidade. E muitas
coisas não combinavam com isso, nem muitas pessoas concordavam e não concordam
até hoje. Minha filha ficava mega agitada com barulho à noite. Até os 3 meses,
era sair com ela e ter a certeza que não dormiríamos, muitas vezes abrimos mão
de sair. Hoje ela pode sair para qualquer lugar, voltar a hora que for, que ao
chegar, toma a mamadeira dela e dorme até pelo menos 8h, mesmo assim penso
antes de sair com ela, porque tudo tem um limite, né?
Quando saímos sem filhos, e estamos cansados, com sono, simplesmente voltamos
para casa e dormimos (pelo menos eu fazia isso). Somos adultos e sabemos
(teoricamente) a hora de parar. Minha filha não fala, mas sei quando ela tá
acabadinha, com sono e já “deu” para ela. Como mãe, nada mais certo do que
voltar para casa. Isso pra mim (mãe da Maria Eduarda) é respeitar o tempo dela.
Um dia, muito breve, ela vai ficar correndo até 2h da manhã, vai querer ultrapassar
o limite dela, e quem precisa impor esse limite? Eu, a mãe. Claro, tudo com
muito bom senso, nas suas devidas proporções.
Mas aí volta a parte de que cada criança é única, e complemento com cada mãe é
cada mãe. É tão simples, mas as vezes tão difícil de entender. Um filho causa
muitas mudanças nas nossas vidas, às vezes não tão perceptíveis, ou talvez não
queremos demonstrar, queremos deixar tudo cor-de-rosa (sabe-se lá pra quem
ver). Mas o importante é traçar uma linha e seguir nela, seja na educação, no
desenvolvimento, no convívio do seu filho com o mundo. Não critique seu
vizinho, pior, não julgue, muito menos afirme nada. E se tudo isso for
necessário, fale francamente, a propósito ele é seu vizinho e vai entender. E,
até quem sabe, argumentar. Eu detesto – assim nessas palavras – a frase “Ih,
vai piorar, você vai ver”. Isso não é regra, e o que é pior para você não é
para mim. Portanto, não digo essa frase e me policio bastante. Mas filhos são
uma metamorfose ambulante, lembram?
Ai, por que mesmo fiz esse post?! Não sei, mas deu um alívio do que tava
entalado. hahahahahha
Gente eu sou muito chata? Talvez neurótica? hahahaha
Uma fotinho da minha linda, e da sua rotina diária, a inalação.
Um ótimo final de semana para todo mundo...!!
Beijos da mãe neurótica e de Maricota, filha da neurótica...rs